Quando olhamos o prédio pronto não imaginamos os desafios por trás dos processos construtivos e as interfaces entre diferentes fornecedores para garantir que o projeto seja executado à risca.

Parte importante do processo por permitir o deslocamento das pessoas e até de materiais de construção, o elevador segue um longo percurso até chegar à obra, um caminho que poucos conhecem.

Para contar como é o ciclo do elevador da fabricação até a instalação na obra iniciamos uma série de posts. E para começar, vamos mostrar o passo a passo do processo de fabricação do elevador na nossa planta de Guaíba (RS), que abastece o mercado da América Latina.

São 30 mil m2 de área construída de onde saem os elevadores que movem milhares de pessoas diariamente em prédios residenciais e comerciais, shoppings, hotéis, hospitais, aeroportos, metrôs, estádios de futebol, museus, entre outros.

Indústria 4.0

A fábrica adota metodologias e ferramentas para assegurar uma produção eficiente e sustentável, baseada na melhoria contínua para uma operação enxuta e limpa. Os principais pilares da operação são: Qualidade, Organização, Segurança e Transparência.

Cada célula de produção tem o seu QG demarcado e as linhas de montagem foram projetadas para deixar tudo à mão, como ferramentas e peças. O trabalho é organizado e padronizado por setor de produção, inclusive o tempo padrão para a execução de cada tarefa.

O Programa 6S é a base da excelência em qualidade de gestão. Todo processo produtivo é auditado pelo Programa de Qualidade de Gestão e para manter um ambiente de trabalho seguro, além do uso de EPI’s (equipamentos de proteção individual), são realizadas avaliações de segurança do trabalho, treinamentos e inspeções regulares de equipamentos e áreas de trabalho e divulgação dos planos de emergência. 

Milhares de componentes

Fábrica TK Elevator em Guaíba (RS).

O processo de fabricação do elevador pode ser dividido em duas partes: mecânica e elétrica. Na engenharia mecânica são produzidos componentes importantes do elevador, como o quadro de comando (considerado o cérebro do elevador), e soluções digitais que tornam o elevador mais inteligente como a plataforma AGILE e o MAX.

A engenharia elétrica fabrica os componentes mais visíveis para quem usa o elevador, como as botoeiras, os indicadores de posição e o painel de operação que usamos para registrar o andar de destino.

Um elevador possui milhares de componentes mecânicos, elétricos e eletrônicos, desde pequenos chips de computador com peso inferior a um grama até máquinas de tração que chegam a pesar toneladas.

Logística eficiente

Desde o projeto executivo do elevador até a expedição pela área de logística, o processo de fabricação é todo planejado para respeitar o cronograma da obra, de acordo com a necessidade do cliente.

O elevador chega à construção em partes numeradas, respeitando a sequência das fases de instalação: poço do elevador, caixa de corrida, portas, casa de máquinas, cabina e acabamentos.

Cada componente é identificado com código QR Code que reúne todas as informações sobre sua fabricação, dados importantes para atestar a qualidade do fabricante e a origem de cada item. 

Devido ao volume que pode chegar a 200 quilos por caixa, a transportadora passa por treinamentos para carregar e descarregar as parte do elevador na obra. A logística prevê a entrega total dos componentes de uma só vez ou em partes, caso o cliente não tenha como armazenar o volume na obra, principalmente quando o número de elevadores é expressivo. 

O principal caminho para o elevador chegar ao seu destino ainda é o terrestre, mas dependendo da localidade, o transporte por via marítima é mais eficiente, levando em consideração as distâncias territoriais do Brasil. No próximo capítulo, vamos contar como é o início da instalação do elevador na obra.

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